IATA: coronavírus faz demanda despencar e já compromete aviação em 2020

IATA: coronavírus faz demanda despencar e já compromete aviação em 2020

A Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA) divulgou sua avaliação inicial com relação ao prejuízo que a aviação comercial de passageiros terá por conta do surto do Coronavírus (Covid-19) na Ásia-Pacífico. Já há um decréscimo de 13% na demanda de passageiros para as companhias da região, bem diferente do crescimento anual previsto de 4,8%. Sendo assim, haverá um impacto direto de mais de 8% na demanda total de 2020.

 

Todo este cenário cria uma previsão de prejuízo operacional de US$ 27,8 bilhões em 2020 para as companhias aéreas da Ásia-Pacífico, sendo US$ 12,8 bilhões de perdas apenas para aquelas registradas na China. Neste mesmo cenário, as companhias de fora da região também devem perder (cerca de US$ 1,5 bi de receita) por conta do surto do Covid-19, prejuízo diretamente ligado às operações internacionais para o mercado chinês.

 

O coronavírus causará um prejuízo estimado de US$ 29,3 bilhões para 2020, cerca de 5% do que a IATA já tinha previsto em dezembro, representando 4,7% de queda no tráfego global.

 

“Estes são tempos desafiadores para a indústria global de transporte aéreo. Parar a propagação do vírus é a principal prioridade. A forte queda na demanda como resultado do Covid-19 terá um impacto financeiro nas aéreas – severo para pessoas particularmente expostas ao mercado chinês. Estimamos que o tráfego global será reduzido em 4,7% pelo vírus, o que poderia mais do que compensar o crescimento que prevíamos anteriormente e causar o primeiro declínio geral na demanda desde a crise do SARS de 2003″, disse Alexandre de Juniac, CEO da IATA.

 

Ainda de acordo com o executivo, o cenário se traduziria em perda de receita de passageiros de US$ 29,3 bilhões. “As companhias aéreas estão tomando decisões difíceis para reduzir a capacidade e, em alguns casos, rotas. Os custos mais baixos de combustível ajudarão a compensar parte da receita perdida. Este será um ano muito difícil para as companhias aéreas”, completou de Juniac.

 

 

Fonte: Mercado & Eventos