12 mar Com a Covid-19, aeroportos investiram $3,5 bilhões em TI ao longo de 2020
A Airports Council International (ACI) World divulgou na quinta-feira (11) um relatório revelando que os aeroportos aceleraram os investimentos em tecnologia para ajudar na recuperação da pandemia da COVID-19.
A ACI World tem colaborado com a provedora de serviços de tecnologia SITA nos últimos 17 anos na Pesquisa anual de tendências de TI (Tecnologia da Informação) dos aeroportos, o mais extenso estudo de tendências de TI dentro da indústria aeroportuária global, que alimenta o Air Transport IT Insights da SITA.
O relatório deste ano mostrou que os aeroportos têm sido ágeis na adaptação às mudanças nos requisitos de saúde e segurança, com foco em soluções automatizadas e sem contato para clientes e funcionários.
Os resultados da pesquisa revelam que os aeroportos gastaram 5,46% das receitas de 2020 em TI, o que representa cerca de US$ 3,5 bilhões em gastos absolutos, e que 55% dos aeroportos respondentes estimam que seus orçamentos de TI para 2021 permanecerão os mesmos ou aumentarão.
A pesquisa revelou que 87% dos aeroportos confirmaram que programas para abordar os protocolos de saúde e segurança dos passageiros foram implementados ou estão em planejamento. Isso inclui sensores, monitoramento de vídeo e robôs para monitorar automaticamente o distanciamento social dos passageiros, verificações de temperatura, higienização e outros critérios de saúde.
As ferramentas de inteligência de negócios, que podem ser vinculadas a essas tecnologias para ajudar a equipe a manter um ambiente de aeroporto seguro para todos os clientes e funcionários, estão em terceiro lugar nos principais investimentos do aeroporto.
As ofertas de autoatendimento sem toque em aeroportos têm sido um investimento que não surpreende, com um número crescente de aeroportos implementando soluções durante a pandemia. A tecnologia biométrica é o foco do investimento em aeroportos, com 64% dos aeroportos com o objetivo de implantar portões de embarque automático usando documentação biométrica e de identificação até 2023, três vezes mais do que em 2020.
“Os aeroportos já fizeram tanto para melhorar a experiência do cliente que nossa indústria não pode perder terreno com esse progresso, apesar do ambiente desafiador em que nos encontramos”, disse o Diretor Geral Mundial da ACI, Luis Felipe de Oliveira.
“Essas descobertas são encorajadoras. Não há dúvida de que a saúde e o bem-estar dos clientes e sua experiência continuam sendo as principais prioridades dos aeroportos. Este não é apenas um investimento para atender à demanda da pandemia, mas em linha com uma tendência de longo prazo e um sólido investimento no futuro.”, completou Oliveira.
David Lavorel, CEO da SITA em Airports and Borders disse: “Em face de uma desaceleração severa em 2020, a indústria de transporte aéreo foi forçada a se concentrar em impulsionar novas eficiências de custo. Para aumentar a pressão, as companhias aéreas e os aeroportos tiveram que incorporar rapidamente novas medidas de saúde, como o processamento de passageiros sem toque e o manuseio de novas informações e protocolos de saúde, incluindo testes de PCR em muitos destinos. Para resolver esses desafios, a indústria se voltou para tecnologias como a tecnologia biométrica (83% dos aeroportos), oferecendo mais aplicativos móveis para passageiros e funcionários, com foco em serviços de TI remotos e virtuais.”
Cento e oitenta tomadores de decisão de TI em 41 países responderam à pesquisa no último trimestre de 2020. Outras descobertas notáveis incluem:
89% dos aeroportos confirmaram que oferecem opções de autoatendimento para check-in;
64% disseram que implementaram portões de fronteira de imigração habilitados para biometria;
79% dos entrevistados disseram ter fornecido capacidade de etiquetas de bagagem em quiosques;
77% dos aeroportos irão implementar a infraestrutura ou já o fizeram, para suportar pontos de contacto biométricos em todo o aeroporto;
67% dos aeroportos irão implementar ou ter implementado portões de embarque de autoatendimento;
52% dos aeroportos têm ou planejam implementar padrões ACRIS para compartilhamento de dados; e
E 83% dos aeroportos estão implementando um importante programa de segurança cibernética, com 11% procurando um programa piloto.