Azul usará novo jato da Embraer na ponte aérea Rio-São Paulo a partir de 2020

Azul usará novo jato da Embraer na ponte aérea Rio-São Paulo a partir de 2020

A Azul Linhas Aéreas pretende utilizar o novo jato da Embraer na ponte aérea Rio-São Paulo a partir do próximo ano. A primeira aeronave do modelo E195-E2, com 136 assentos, foi entregue nesta quinta-feira pela fabricante brasileira à terceira companhia aérea do país.

– A ponte aérea é uma rota que se você tiver um A320 (com 174 lugares) às sete da manhã, você vai encher o avião. Portanto, no início da manhã nossa ideia é usar os A320. Mas no meio do dia – às 11h, 12h, 13h – vamos usar outros aviões. O investimento que fizemos para diversificar nossa frota foi significativo e deve nos garantir algumas vantagens ao longo do dia na ponte aérea – afirmou o presidente da Azul, John Rodgerson, durante cerimônia de entrega da nova aeronave na sede da Embraer, em São José dos Campos, no interior de São Paulo.

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O novo avião da fabricante brasileira é o maior jato comercial já fabricado pela empresa, segundo disse o presidente da Embraer Aviação Comercial, John Slattery. Se comparado com a primeira geração do modelo, a economia de combustível por assento ficou em 25,4%, segundo dados da empresa.

 

– O E2 tem 18 assentos à mais e o custo por viagem é 15% menor. Se você tem isso, não quer outro. Até 2020, trocaremos todos os E1 de nossa frota por E2- afirmou o fundador e presidente do Conselho da Azul, David Neeleman.

Além da ponte aérea

 

Por causa das obras na pista principal do Santos Dumont, a Azul é, atualmente, a única companhia aérea que oferece voos para o aeroporto central do Rio. Quando as obras forem concluídas, ela voltará a enfrentar a Gol e a Latam na rota mais rentável do país.

Além da ponte aérea, a Azul pretende usar os novos jatos em rotas mais longas (com voos acima de 2 horas) que antes não eram rentáveis com os modelos E1. A empresa também pretende colocar as aeronaves em rotas como Campinas-Brasília, o que deve acontecer a partir de outubro.

 

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– Existem rotas que nossos concorrentes estão e que não estamos, mas como o E2 vamos conseguir entrar. Vamos fazer Campinas-Natal, por exemplo – disse Rodgerson.

 

A Azul receberá até o fim deste ano mais cinco jatos E2.

 

-Vamos dobrar de tamanho (em número de passageiros transportados) ao longo dos próximos cinco anos. E, em boa medida, vamos fazer isso por causa desses aviões –afirmou Rodgerson.

 

Fonte: O Globo