11 ago Aviões no pós pandemia poderão ter banco que muda de cor após serem utilizados
A pandemia do coronavírus reformulou a indústria da aviação por completa, fazendo com que as companhias aéreas reinventassem a maneira de agir e se organizar diante de um vírus altamente contagioso. Pensando nisso, uma empresa inglesa PriestmanGoode apresentou novos conceitos para que a cabine de avião se torne mais segura para os tripulantes e passageiros.
Uma das maiores inovações oferecidas é a eliminação das costuras dos assentos, evitando assim o acúmulo de sujeira e facilitando a sua limpeza. Aliás, o novo conceito de banco terá um tecido antimicrobiano que muda de cor, indicando que está limpo graças a uma tinta fotocrônica e termocrômica. Quando entram em reação com produtos de limpeza ou luz ultravioleta o material indica por cor se está limpo ou não.
O conceito chamado de Pure Skies reformulou totalmente a classe econômica e executiva com fileiras de passageiros escalonadas, o que trará mais privacidade aos passageiros ao contar com telas protetoras que irá desde o encosto do assento até o teto.
Atualmente algumas companhias optaram por oferecer temporariamente maior espaço entre os passageiros através do bloqueio de assentos, mas não acreditam que o modelo seguirá além da pandemia. Contudo, a PriestmanGoode acredita que a aviação pós-pandemia dependerá de novos modelos de assentos e até mesmo o uso de fileiras intercaladas.
Para os encostos dos bancos que atualmente contam com bandejas e telas de entretenimento sensíveis ao toque, a empresa pretende ampliar o uso da solução pessoal, onde o passageiro utiliza seu próprio dispositivo móvel (celular ou tablet) para baixar conteúdo disponibilizado a bordo. A PriestmanGoode pretende aplicar o uso de cordas elásticas para prender itens pessoais como bolsas ou garrafas.
Para a classe executiva o compartimento de cada viajante ficará na parte superior, mais uma espécie de armário pessoal para guardar itens trazidos a bordo, que pode ser protegido com uma cortina, trazendo mais privacidade e proteção.
A PriestmanGoode também aposta em uma nova ambientação, com a radiação da luz ultravioleta distante para matar partículas de vírus e germes dentro da cabine que estão na superfície no ar, a empresa se baseia em um estudo da Universidade de Columbia que descobriu recentemente o uso da luz ultravioleta pode matar até 99,99% das partículas do novo coronavírus presentes nas gotículas de ar.
“Com base em nossos resultados, a desinfecção aerotransportada contínua com luz ultravioleta distante no limite regulatório atual poderia reduzir muito o nível de vírus aerotransportados em ambientes internos ocupados por pessoas”, disse o PhD David Brenner, autor do estudo.
Apesar de ser um conceito inovador ele ainda é apenas um projeto, sem prazo para se tornar realidade. Além de depender da demanda das empresas aéreas, que serão as clientes desse novo modelo de cabine, o projeto ainda terá que passar por uma extensa campanha de certificação em todo o mundo.
Por contar com novo layout, uso de materiais não empregados pela indústria aeronáutica, assim como uso de luz ultravioleta, é necessário realizar um processo completo de validação dentro das rigorosas normas da aviação.
Fonte: Aero Magazine