Aeroportos do Brasil estão com barreiras contra variante da COVID-19

Aeroportos do Brasil estão com barreiras contra variante da COVID-19

Contra a nova variante indiana da COVID-19, alguns aeroportos já começaram a realizar testagens em seus passageiros, além de implementar monitoramento e barreiras sanitárias para conter o vírus logo no desembarque.

Na cidade de Chapecó, o Aeroporto Serafim Enoss Bertaso começou a tomar medidas para monitorar passageiros e barrar possíveis infectados com a nova variante indiana da COVID-19.

 

Na última segunda-feira, autoridades da Vigilância em Saúde, Vigilância Epidemiológica e Vigilância Sanitária compareceram ao aeroporto junto à administração e aos bombeiros de modo a organizar uma barreira sanitária para voos da Latam e Gol vindos de São Paulo e da Azul vindo de Campinas.

 

“A partir de terça-feira (1º) estaremos diariamente, pela manhã, fazendo a aferição de temperatura dos passageiros que chegam em Chapecó, com o objetivo de manter sob controle a situação da pandemia em nossa cidade”, disse o gerente da Vigilância em Saúde, Rodrigo Momoli.

 

Os passageiros que desembarcarem e apresentarem uma temperatura elevada serão convidados a realizar atendimento na unidade móvel de saúde no aeroporto para fazerem um teste rápido. Além disso, outra medida tomada é que não será permitida a entrada de familiares de passageiros no interior do aeroporto, que contará com mais uma unidade móvel para o monitoramento dos viajantes.

 

Já na região norte do país, no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus, as barreiras sanitárias e monitoramento de passageiros se ampliaram por meio de ações do Governo do Estado. Ontem, dia 1º de junho, através das Equipes da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas, Secretaria Municipal de Saúde e Agência Nacional de Vigilância Sanitária, foi montado um posto para testagem de passageiros que desembarcavam no aeroporto.

 

Cerca de 10% dos passageiros que chegarem a Manaus em voos diários serão escolhidos através de monitores orientativos, para realizar um teste RT-PCR com materiais colhidos no salão de desembarque. Os agentes de saúde já estão atuando em turno que antes eram de 12 horas e agora passam a ser de 24 horas.

 

Conforme relata o Zukka Brasil, a diretora-técnica da FVS, Tatyana Amorim, comentou que após a coleta de materiais os testes RT-PCR serão emitidos em até 48 horas e analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-FVS).

 

 

 

“A ideia é identificar um caso suspeito para que a gente possa orientar, isolar e interromper a cadeia de transmissão. Esses 10% de passageiros que testaremos é justamente para identificarmos se através do exame RT-PCR for um caso detectável para Covid-19, mandarmos essa nota para o processamento na Fiocruz identificar se tem ou não a entrada de nova variante”, afirmou Tayana Amorim.

 

Cerca de 7 mil testes RT-PCR foram realizados em maio, segundo o secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, onde 12% das análises foram positivos para o vírus, mostrando importante o acompanhamento dos passeiros.

 

“As medidas não farmacológicas são muito importantes como a utilização de máscaras, manter o distanciamento social, evitar as aglomerações, além da higienização das mãos, mas principalmente aos primeiros sintomas de gripe ou síndrome respiratória procurar uma Unidade Básica de Saúde. As unidades estão preparadas, treinadas para receber a população, realizar os testes e se for necessário orientar quanto ao isolamento e também aos primeiros medicamentos de tratamento quanto à Covid-19”, disse Campêlo.

 

Destacando a importância da estratégia de identificação dos passageiros que chegam da África do Sul, Índia e Inglaterra, o coordenador regional da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Jerfeson Caldas, disse que a tripulação é orientada para informar os passageiros sobre o posto de testes.

 

“A Anvisa já atua na vigilância sanitária e no monitoramento de portos, aeroportos e fronteiras, então o Estado entra em parceria para realizar esse trabalho que para nós é importante, uma vez que nós temos um sistema nacional onde nós identificamos a situação de saúde dos viajantes”, explicou o coordenador.

 

Fonte: AeroIn